O Conselho Geral realizou o Encontro dos Novos Superiores Maiores Espiritanos de 17 a 27 de setembro de 2024, com 12 participantes.
Os novos superiores provinham de muitas circunscrições diferentes do mundo – África, Europa, América do Norte, América Latina, Oceânia e Ásia – vivendo e trabalhando em situações sociais, económicas, culturais, políticas e eclesiais muito diversas. São eles os Padres Alberto Tchindemba (Moçambique), Antonio Mendes Mosso (Espanha), Cycus Chungu (Zâmbia), Edward Khaemba (Oceânia), Floria Marozva (Zimbabué), Fredrick Wafula (Quénia), Innocent Abagoami (Suíça), Joseph Lam Nguyên (Vietname-Índia), Marcin Dusinski (Polónia), Oliver Iwuchukwu (Trans-Canadá), Pierre Kiounda Bilongo (Congo Brazzaville) e Tomás João Sanhá (Brasil).
Todos eles, com uma exceção, estão no auge das suas vidas. São, portanto, um grupo de superiores experientes e dinâmicos, motivados pela exigente missão de orientar e animar as suas respectivas circunscrições.
O encontro é uma reunião anual muito importante para os membros do Conselho Geral e tem três objetivos principais. Em primeiro lugar, dá ao Conselho Geral a oportunidade de ter uma ideia dos desafios que os nossos líderes espiritanos em todo o mundo estão a enfrentar. Em segundo lugar, dá aos novos superiores uma noção dos vários serviços disponíveis na Casa Geral e das várias maneiras pelas quais podem ser ajudados no desempenho do seu ministério. Em terceiro lugar, é uma oportunidade para os membros do Conselho Geral e os novos superiores consolidarem a sua no sentido de uma compreensão e visão comuns do que significa ser um líder espiritano no mundo de hoje, o que é vital para uma organização descentralizada como a nossa.
A liturgia de abertura, presidida pelo P. Alain Mayama, Superior Geral, sublinhou o dom de si e a liderança como serviço aos outros, “à imitação de Cristo, o Bom Pastor, que veio para servir e não para ser servido e para dar a sua vida pelas ovelhas”. Um exemplo marcante deste serviço é-nos dado pelos nossos fundadores Cláudio Francisco Poullart des Places e Francisco Maria Paulo Libermann, na sua capacidade de liderar os outros. Eles foram mentores espirituais dos seus irmãos, à imitação de Cristo. Por esta razão, houve uma cerimónia de lava-pés incorporada na Missa, levada a cabo pelo P. Alain Mayama e assistida pelos Conselheiros P. Philip Massawe e P. Tony Neves.
O encontro começou com as apresentações de cada novo superior sobre a realidade da sua circunscrição, seguidas de alguns debates. Depois, os membros do Conselho Geral deram o seu contributo sobre as decisões de Bagamoyo II, Plano de Animação da Congregação, Confrades em Situação Irregular, Diálogo Inter-religioso (DIR), Processos Canónicos, Comunidades Interculturais, Gabinete Central de Desenvolvimento/Gabinete da Missão, Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC), Nomeações para a Missão, Finanças, Formação Espiritana e Educação para a Missão, Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, e Irmãos Espiritanos e Leigos Espiritanos Associados, preparação para os Capítulos, Conselho Provincial Alargado e Assembleias de Grupo e as alegrias e desafios das Uniões das Circunscrições. Os Superiores tiveram também a oportunidade de visitar e conhecer os diferentes serviços da Casa Geral. O P. Yago Abeledo, MAfr, foi convidado a dar um contributo sobre Liderança para o Serviço. O P. Chika Onyeujiwa veio de Bruxelas falar sobre o CESS/Kibanda. O P. Fabian Adindu, VIVAT International em Genebra (Via Zoom) abordou o tema da Missão como defesa dos direitos humanos. O Ir. Carmo Gomes, de Portugal, foi convidado para ajudar na comunicação audiovisual e na tradução. O P. Elie Catien Coly e o P. John Abugri, da comunidade de estudantes sacerdotes da Villa Notre Dame, colaboraram como tradutores.
Os Superiores tiveram também a oportunidade de visitar os vários departamentos da Administração Geral e de se encontrar com o pessoal envolvido.
O encontro não foi só de trabalho: os novos superiores tiveram a oportunidade de visitar a cidade de Roma, assistir à audiência papal e passar um dia em Assis, terra natal de São Francisco. A Missa em Assis foi presidida pelo P. Albert Ndongo Assamba, que concluiu a sua homilia dizendo aos novos Superiores que “Vir a Assis significa fazer a nossa própria peregrinação nas pegadas do nosso Fundador Libermann, que veio a Assis em 1840 para aprender com Francisco como usar o poder. Vir a Assis é (também) entrar bem na segunda fase do plano de animação da Congregação, proposto pelo Conselho Geral, sobre a Espiritualidade Espiritana.
Que São Francisco de Assis, patrono do Venerável Padre Libermann, interceda por cada um de nós e pelas nossas Circunscrições. Amém”.
Os nossos novos responsáveis já se dispersaram; regressaram às suas circunscrições, aos seus lugares de trabalho. Esperamos que agora possuam uma nova vitalidade e novas perspetivas para o ministério que desempenham em nome da Congregação.